O evento reuniu cerca de 100 participantes de 36 cidades, incluindo 17 prefeitos, secretários municipais, vereadores e lideranças locais
POR AMANDA ALBUQUERQUE | ASSESSORIA DE IMPRENSA
Na última segunda-feira, (27) , o Hospital de Esperança (HE), em parceria com o deputado estadual Mauro Bragato, realizou o 1º Fórum Municipalista de Oncologia no Oeste Paulista, que reuniu cerca de 100 participantes de 36 cidades, incluindo 17 prefeitos, secretários municipais, vereadores e lideranças locais.
Esta foi uma oportunidade para discutir os avanços e desafios no combate ao câncer na região e que apresentou dados expressivos: em 2024, o hospital realizou 63.513 atendimentos, um aumento de 77% em relação a 2023. Outro objetivo principal, foi discutir formas de colaboração para beneficiar toda a região no que diz respeito ao atendimento oncológico. Afinal, o HE, uma unidade habilitada como UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), tem se destacado como referência no tratamento de câncer na região.
Ricardo Anderson Ribeiro, presidente do Hospital de Esperança, ressaltou a importância da instituição para a comunidade local. “O hospital foi criado em função das distâncias que nossa população teria que se deslocar para fazer o tratamento. Hoje, oferecemos atendimento próximo às famílias dos pacientes.” Ribeiro também destacou os desafios financeiros enfrentados pela instituição, que busca mensalmente entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões para cobrir a diferença entre as receitas do SUS e as despesas operacionais”, explicou.
O deputado Mauro Bragato, parceiro na organização do fórum, anunciou um aumento significativo nas emendas parlamentares destinadas ao hospital, passando de R$ 500 mil semestrais para R$ 2 milhões. “O crescimento da procura é muito grande, e precisamos apoiar este hospital que atende toda a região”, afirmou Bragato.
Em seguida, Samanta Sansão, gerente assistencial do hospital, explicou detalhadamente o processo de regulação e as melhorias implementadas. “Existe uma regulação ambulatorial e nós fizemos a ampliação desses números no Centro de Diagnóstico, com a finalidade de reduzir a fila de espera de alguns exames. Isso conversa altamente com nosso interesse de fazer o diagnóstico um pouco mais precoce e ter um desfecho melhor para o paciente”, explicou. Sansão acrescentou que o hospital abre mensalmente novas vagas para casos novos, tendo disponibilizado 156 vagas no último mês.
Marilza Barbosa, gerente administrativa, trouxe à tona uma questão importante. “O INCA fala que nos próximos anos teremos mais de 400.000 pessoas morrendo com câncer e até hoje não temos uma fila no SIRESP voltada ao paciente do câncer. Temos para pacientes queimados, para pacientes graves, para mulheres grávidas, para qualquer outro tipo de doença. Mas não temos para o câncer”, refletiu. Barbosa também mencionou a capacidade de expansão do hospital: “Hoje temos 113 leitos, mas podemos chegar a 120. E ainda estamos com um andar fechado”, destacou.
Com foco no acolhimento contínuo, Felipe Moura, diretor clínico do Hospital de Esperança, enfatizou a importância do diagnóstico precoce e do tratamento humanizado. “Para nós, o mais importante é devolver o paciente para a família, se não com possibilidade de cura, mas com qualidade de vida. Para isso, o diagnóstico e tratamento precisam ser rápidos”, alertou.
Após as considerações dos representantes, prefeito de Regente Feijó, Marco Rocha, fez um apelo aos demais prefeitos presentes, pedindo maior engajamento e contribuição financeira para o hospital.
“Nós podemos ser 45 municípios contribuindo mensalmente. É difícil para muitos municípios, mas a saúde é uma questão de prioridade”, declarou Rocha, que anunciou um aumento na subvenção mensal de sua cidade de R$ 15.000 para R$ 20.000.
O 1º Fórum Municipalista de Oncologia no Oeste Paulista marca um importante momento na história do atendimento oncológico da região. Com o crescente número de casos de câncer previstos para os próximos anos, a união entre poder público, sociedade civil e instituições de saúde se mostra fundamental para enfrentar os desafios e garantir um atendimento de qualidade à população do Oeste Paulista. O evento destacou não apenas os avanços já alcançados, mas também os desafios persistentes, como a necessidade de uma regulação específica para pacientes oncológicos e a importância do apoio contínuo dos municípios para a sustentabilidade e expansão dos serviços oferecidos pelo Hospital de Esperança.